Depois do empate sem abertura de contagem durante os cento e oitenta minutos, nos dois jogos das meias-finais, a "sentença foi lida" a favor dos canarinhos, na transformação das grandes penalidades.
A partida deste domingo no ninho do canário, prometia muita emoção na luta pela presença na final da segunda maior competição do país, e os adeptos lotaram por completo as bancadas, outros arriscaram a sua integridade física pendurando-se no tecto das suas casas e em algumas árvores ao redor do campo.
Mas como aconteceu no jogo da primeira mão no Estádio da Machava, o nulo teimava em permanecer, apesar das ocasiões de golo, a maioria protagonizadas pelo o Costa do Sol, que entrou com o objectivo de resolver a contenda ao seu favor, mas não acertava as redes locomotivas.
Os adeptos esses não se cansavam de puxar pelas duas equipas, e saltavam como se tivessem molas a cada falhanço dos artistas, e por várias vezes protestaram as decisões da equipa de arbitragem, que no final da primeira parte devia ter dado ordem de expulsão a Barnabas que agrediu Mbulu com uma cabeçada.
E foi sem golos que terminou a história do último clássico da presente temporada, em que dois colossos do futebol nacional, procuravam um lugar na final da taça de Moçambique, e com a noite já a cair foi-se para a lotaria das grandes penalidades.
E a partir da marca dos onze metros, o Costa do Sol que até começou mal, falhando a primeira grande penalidade venceu por 8-7, e garantiu a presença na final da Taça de Moçambique, marcada para o próximo dia 5 de Novembro.
Uma grande penalidade de Chiza defendida por Guirrugo e uma convertida por Nelson na oitava série permitiu ao Costa do Sol atingir não só a final mas também o regresso, 10 anos depois, às Afrotaças.
Para além do desperdício de Chiza, viu-se igualmente Chijioke (na última grande penalidade da serie de cinco) a não acertar no alvo como havia feito do lado canarinho Hilário. Mbulu, Artur, Gerson, Salomão, Ruben, Chico, Manucho e Nelson, foram os que marcaram para o Costa do Sol, e Timbe, Barnabas, Diogo, Miter, Chico, Luís e Okan, converteram pelos locomotivas.
A qualificação para a final da Taça de Moçambique, é igualmente mais uma oportunidade de ganhar alguma coisa nestes últimos 10 anos de jejum e esta é a sua 16.ª presença na final duma prova que venceu por 11 vezes, tendo perdido a última final em 2012 diante da Liga Desportiva de Maputo.
O onze inicial do Costa do Sol, e as respectivas substituições, foi:
16. Guirrugo
3. Chico
30. Salomão
5. Gerson (c) [A]
7. Nelson
22. Manucho [A]
2. Mfiki > 10. Ruben
6. Hilario
21. Mbulu
11. Isac > 23. Artur
25. Lineker > 9. Iddrisu [A]
ESTATISTICAS | CDS | FMA |
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GOLOS | 8 | 7 |
REMATES A BALIZA | 6 | 5 |
REMATES AO LADO | 9 | 4 |
CARTÕES AMARELOS | 3 | 2 |
CARTÕES VERMELHOS | 0 | 0 |
CANTOS | 8 | 3 |
FALTAS | 8 | 11 |
FORA DE JOGO | 1 | 9 |
Autor Feliz Mangane @ Folha de Maputo
Foto Jeremias Simbine @ Folha de Maputo